Cupins de madeira seca são realmente um problema?
Por: Ibaraki - 26 de Outubro de 2025
Os cupins de madeira seca são uns dos mais conhecidos pelo leitor, eles são aqueles cupins cujas colônias localizam-se inteiramente dentro da madeira que consomem como alimento. Nesse caso, não há necessidade de haver contato com o solo, as colônias tendem a ser pequenas e há menor densidade de colônia por unidade de área. Outra característica marcante é que os cupins de madeira seca não nidificam (construir ninhos) exteriormente à superfície da peça infestada, nem constroem túneis para trânsito de indivíduos.
Um cupim não vive só da madeira: de onde eles obtêm água para viver?
Os cupins conseguem retirar toda a umidade de que necessitam da madeira explorada. Eles conservam a umidade por meio da produção de pelotas fecais e roliças.
Cupim de madeira seca biologia
A grande maioria dos cupins de madeira seca pertence à família Kalotermitidae, dentro deste grupo, destaca-se o gênero Cryptotermes (Figura 1). Atualmente o gênero tem 47 espécies, sendo 13 da América. No Brasil, temos 03 espécies, todas elas introduzidas. No gênero Cryptotermes estão os cupins mais prejudiciais às madeiras beneficiadas.
Descupinização e tipos de cupins
As colônias de Cryptotermes são as maiores dentre os cupins de madeira seca, mesmo as maiores alcançam apenas poucos milhares de indivíduos. É frequente que colônias inteiras habitem mobiliários pequenos e que, por este motivo são facilmente transportadas, geralmente estas infestações não são percebidas a olho nu. Normalmente, em infestações prolongadas, quando a maior parte da madeira já foi consumida, restará apenas uma fina superfície intacta, quebradiça, e talvez poucas divisórias internas. A peça torna-se quase totalmente oca, no menos cuidadoso toque, tudo desmorona e quebra.
Dentre as espécies mais importantes, destaca-se Cryptotermes brevis, esta é bem representada no Brasil, da Paraíba ao Rio Grande do Sul. Diversas são as regiões afetadas por C. brevis. Esta espécie é estritamente antropófila e nunca foi encontrada em ambientes naturais, afastadas do convívio do homem e de suas indústrias. C. brevis gosta tanto do homem que o extremo acontece nesse caso. Esses cupins só atacam madeiras protegidas pelo ser humano. Nada de árvores, nada de madeiras abandonadas: só o mobiliário e construções.
O que C. brevis gosta mais de atacar?
Preferem construções antigas. Nestas, o prato cheio é madeiramento estrutural (telhados, forros, vigamentos, madeiras embutidas nas paredes, paredes de madeira, pisos e etc.), madeiramento acessório (janelas, portas, batentes, ripas e etc.). Todo o mobiliário (armários, escrivaninhas, mesas, cadeiras, bancos, balcões, bancadas, prateleiras, divisórias e cabides), peças de acervo e bibliotecas (livros, pilhas de papel, papelão e armários).
Tome providências contra os cupins!
Os sinais da infestação são claros e pode indicar ao leitor que já é momento de agir no controle contra o cupim. Grânulos fecais, amontoados abaixo dos orifícios de expulsão são sinais evidentes, outras evidências são orifícios vedados ou encontrar asas espalhadas nos recintos.